Textos variados de um estudante do céu. Estudo astrologia medieval, helenística e indiana, além dos ramos específicos de astrologia natal, horária e mundana. Análises, estudos, curiosidades, pensamentos sobre astrologia em geral!

sábado, 16 de março de 2013

Um argumento interessante a favor de signos inteiros

Quem tem acompanhado o blog sabe que eu curto signos inteiros (Whole Signs em inglês - WS). Esse é o sistema de casas em que o signo é a própria casa. Nos sistemas divisionais normais, um planeta pode estar numa casa que começa com o signo de Áries, por exemplo, mesmo que ele esteja em Touro. Nunca fui muito com a cara desse sistema; ele já se provou de grande valia e utilizável, mas eu simplesmente não curtia. Então eu vi o sistema de signos inteiros, e pra mim, tem sido tão bom quanto, até para astrologia horária (Masha'allah usava!)
E me passou um argumento bom pra validar o sistema de signos inteiros. Com certeza não fui eu quem inventei, mas eu nunca li alguém falando isso (eu não conheço muitos astrólogos atuais que realmente usam WS, afinal...).
As casas benéficas são aquelas que fazem aspectos benéficos ao Ascendente; 3, 11 (sextis), 5 e 9 (trígono), por exemplo, são bem benéficas. Agora, digamos que tenhamos um mapa com o Ascendente em Virgem. No sistema divisional, na casa 5, há Vênus em Aquário, que é o sexto signo a partir de Virgem. Como pode um planeta ser benéfico ao Ascendente se ele nem o aspecta? Independente das casas, Virgem e Aquário nunca vão se aspectar.
Eis que o sistema de signos inteiros soluciona isso: Vênus, por esse ângulo, está na casa 6, e vai trabalhar contra o Ascendente, porque não o aspecta.
As casas angulares (4, 10, 7) fazem quadraturas e oposição ao Ascendente, mas ainda são aspectos! Por isso, não são consideradas maléééééficas. A 4 e principalmente a 7 podem significar morte, e a 10, chefes e superiores, o que pode ser considerado maléfico, mas o fato de aspectar a casa 1 (em inglês, essas casas estão "regarding" a casa 1), pelo menos no referente a casas, já os torna mais leves. Levando os aspectos para os signos, toda quadratura ou oposição envolve signos que têm pelo menos a modalidade em comum (fixo, mutável, cardinal). A questão é: delimitar em que casa um planeta está, na minha opinião, não pode passar por cima do fato de que os signos em questão se aspectam ou não, porque isso é a base da dualidade benéfico/maléfico. E o WS acaba com isso.
Eu trabalho com essa inconstância assim: coloco o mapa no sistema Alcabitius, o mais usado na era medieval, mas uso mesmo o de signos inteiros, inclusive pra regências (apesar de achar esse quesito um dos pontos fracos do WS). Uso o Alcabitius para verificar a angularidade de algum planeta. Apesar de estar na casa/signo 8, esse planeta pode muito bem estar angular, e um bom sistema divisional me ajuda a ver isso melhor.
As três grandes "fraquezas", na minha opinião, do WS, são:
1) A angularidade fica meio zoada. Um planeta pode ser considerado na casa 4, então, angular, mas e se ele estiver antes do IC? Ele já não estaria avançando em direção ao ângulo. Mas uma bela estudada pode solucionar isso.
2) Se o eixo MC-IC cai em signos diferentes dos signos 4 e 10, a análise de filhos (5), amigos (11), profissão (10) e família (4) pode ficar meio zoada. Mas basta estudar bastante pra delimitar os limites disso também.
3) A que eu já falei: a regência sobre uma casa que está num signo por WS, mas em outro signo por divisionais, pode ser muito complicada. Nada que estudar não resolva.

Enfim, usem o sistema que preferirem: mas nunca duvidem do poder do WS.

Um comentário:

  1. Excelente,muito pertinente sua colocação, também utilizo signos inteiros muito mais eficaz.

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